“Foi Deus quem escolheu essa região para colocar aqui os sítios arqueológicos”, diz técnica da Embratur
Na última semana, a técnica especializada na promoção internacional do turismo cultural e marketing da Embratur, Angela Baltazar esteve na Região das Missões realizando uma visita técnica de familiarização dos atrativos turísticos. A técnica que percorreu 13 municípios missioneiros e ao final de seu roteiro concedeu entrevista à Rádio Sepé Tiarajú/Aldeia Global.
“Para mim é um grande prazer estar aqui, nós fomos convidados e fizemos um roteiro muito bacana, com muita cultura, muita história, muita espiritualidade, misticismo e arqueologia também. Então é um grande privilégio para a Embratur estar conhecendo. É um roteiro incrível, que tem muita história e muita cultura. E nós estamos aqui na tentativa de fazer uma análise, das potencialidades da região, para que possamos internacionalizar esses destinos”, comentou Angela.
Por vez, o turismo é uma área econômica, tendo muitos aspectos a serem explorados economicamente, a região por si obtém potenciais turísticos também que podem ser fomentados. Indagada, Ângela, sobre quais elementos podem ser incorporados e de que forma a Embratur pode e irá trabalhar para auxiliar a região na exploração dos potenciais turísticos econômicos.
Angela salientou que, assim como a indústria, o turismo também foi afetado pela pandemia, que o próprio turista está retomando as viagens devagar e faz um diagnóstico do perfil do turista atual. “A gente está aqui com um olhar, muito voltado para as novas tendências do turismo global. As pessoas estão mais voltadas para a fé, ao mundo espiritual, ao mundo de natureza e a gente sabe que essa região possui todas essas características, que proporciona ao visitante, vivências espirituais. É um turismo de experiência, de reconexão. As pessoas aqui podem se desconectar para se reconectar. Um turismo de bastante introspecção, reflexão. Com certeza muito precisa ser feito. Temos percebido que a infraestrutura tem sido trabalhada, com asfaltamento. Visitamos algumas pousadas, bem interessantes, com propostas bem diferentes de experiências. Bem diferentes de outros destinos do Brasil [...] A gente vê realmente aqui no sul, nesta região, precisa de mais fomento, com certeza, estamos percebendo que a comunidade precisa ser mais estimulada e motivada, a exercer sua criatividade e a empreender mais [...] Sentimos falta de alguns atrativos que poderiam ser criados e empreendidos pela própria comunidade. Mas também, sabemos que não é fácil empreender no Brasil, mas estamos bastante otimistas”, enfatizou a técnica.
Durante a entrevista, Angela comentou da necessidade de estimular a comunidade a empreender, que as pessoas que buscam isso, precisam pensar como turistas. E o que difere do empreendedorismo no turismo das demais áreas, é que quando se trabalha com turismo está se trabalhando com sonhos.
“Você não trabalha só com economia, você trabalha com sonhos. Então é uma indústria dos sonhos, é muito importante que as pessoas que vão empreender no turismo, que elas se colocam no lugar do turista. Eu vi aqui, que as pessoas são muito apaixonadas pela região, tem muito orgulho da Região das Missões, com aqueles moradores que eu pude conversar. Eu sempre digo, colocam-se no lugar do turista que está vindo para cá, pensam com a cabeça de um turista argentino, que mora na cidade de Buenos Aires. O que traria ele para cá, o que faria ele querer vir”, comentou.
Perguntada, referente a quanto tempo que levaria para a Região das Missões chegar a um nível profissional de turismo, Angela salientou que os municípios têm muito a explorar o marketing digital nas redes sociais.
“A região tem potencial, porque ela já é abençoada pelos sítios arqueológicos, pois foi Deus quem escolheu essa região para colocar aqui os sítios arqueológicos. Tem muita história, porém esse storytelling precisa ser trabalhado, a criatividade da comunidade no geral precisa ser trabalhada, fomentada e estimulada. Para se tornar um produto mais vendável. É o que eu falo, vocês estão presentes nas redes sociais?! Essa coisa da internet e da tecnologia precisa ser melhor explorada. Mas, quanto tempo, é difícil dar esse diagnóstico. Mas eu acredito que três, quatro anos é um trabalho árduo! Mas depende muito da população e obviamente do fomento do governo, eu acho que ninguém funciona sozinho”, ressaltou.
A técnica da Embratur, finalizou sua agenda pela região, na manhã da sexta-feira (17/12). Ainda, em entrevista para o programa Aldeia Global, Angela disse que sua visita na Região das Missões, resultará em um relatório com diagnósticos dos atrativos turísticos.
Fonte: Grupo Sepé.