O Vice-presidente da AMM, Prefeito de Caibaté, Amauri Pires da Silva, representou a associação na abertura oficial da exposição fotográfica de Luiz Carlos Felizardo. A exposição estará aberta ao público até 20 de março de 2024, de terça a domingo, das 10h às 18h, no primeiro andar do Memorial do Rio Grande do Sul (rua Sete de Setembro, 1020, com entrada pela Praça da Alfândega - Centro Histórico - Porto Alegre).
O Memorial do Rio Grande do Sul, instituição vinculada à Secretaria da Cultura (Sedac), abriu no dia 24 de janeiro, a exposição São Miguel das Missões - O Sonho e a Ruína. A mostra fotográfica de Luiz Carlos Felizardo apresenta uma perspectiva instigante sobre a Redução Jesuítica de São Miguel Arcanjo, um sítio arqueológico reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco há 40 anos.
Felizardo, renomado fotógrafo, oferece um olhar sobre o reduto missioneiro mais icônico do Rio Grande do Sul. A exposição conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 2007, o projeto original, com curadoria de Paula Ramos, foi contemplado pelo Edital Arte e Patrimônio do Ministério da Cultura (MinC), Iphan e Paço Imperial, sendo exibido no ano seguinte no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs).
“No silêncio dessas pedras, na rugosidade de suas superfícies, no vazio dos nichos e na melancolia dos fragmentos soltos pelo chão outrora árido, a solidez e a transitoriedade dialogam, em suas várias possibilidades. E a fotografia mostra-se mais uma vez em sua irrestrita magia, ao prolongar uma situação que efetivamente existiu, mas que, ao mesmo tempo, é pura ficção”, descreve a curadora Paula Ramos.
Para o crítico de arte Paulo Herkenhoff, “as fotografias de São Miguel das Missões na visão de Felizardo representam o extremo da capacidade de ruínas falarem ao presente, de pedras silenciosas orarem contritamente”.
A exposição estará aberta ao público até 20 de março de 2024, de terça a domingo, das 10h às 18h, no primeiro andar do Memorial do Rio Grande do Sul (rua Sete de Setembro, 1020, com entrada pela Praça da Alfândega - Centro Histórico - Porto Alegre).
Sobre o artista
Luiz Carlos Felizardo, nascido em Porto Alegre em 1949, estudou arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) entre 1968 e 1972. Após concluir seus estudos, dedicou-se profissionalmente à fotografia, focando principalmente na paisagem do Rio Grande do Sul, capturando imagens do campo, da cidade e do patrimônio cultural.
Nos anos 1970, participou de eventos no Brasil e no exterior, em países da América do Sul, Central e do Norte, além de África e Europa. Na década de 1980, recebeu uma bolsa de estudos de fotografia da Comissão Fulbright e estudou nos Estados Unidos com o artista italiano Frederick Sommer, o que foi um marco em sua carreira. Em 1987, participou do projeto “Missões 300 anos - A Visão do Artista”, uma mostra coletiva que abrangeu diversas linguagens artísticas e percorreu o Brasil, fortalecendo sua conexão com o tema das reduções jesuítico-guaranis.
Durante os anos 1990, Felizardo continuou a expor seu trabalho em mostras fotográficas nacionais e internacionais, como La Fotografia IberoAmericana (Madrid, 1992), Jogo do Olhar (São Paulo, 1994), 1ª Bienal Internacional de Fotografia da Cidade de Curitiba (1996) e Brasilianische Fotografie 1946-1998 (Wolfsburg e Porto, 1999).
Além de fotógrafo, Felizardo também é ensaísta e publicou obras como Relógio de Ver (2000) e Imago (2010), que refletem sobre sua área de atuação, entre outras publicações. Atualmente, uma retrospectiva de sua obra está em exibição na Pinacoteca Rubem Berta, em Porto Alegre, como parte da homenagem recebida na 16ª edição do Prêmio Açorianos de Artes Visuais, e ficará aberta ao público até abril de 2024.
