SANTO ÂNGELO | AMM TecnoURI Missões - A atuação é focada no fomento à produção criativa e tecnológica nas áreas de Tecnologia da Informação, Comunicação e Convergência Digital; Inovação e Tecnologias nas Engenharias, Automação e Tecnologias Socioambientais; Tecnologia e Inovação na Agroindústria e Agropecuária; Alimentos, Inovações Farmacêuticas e Nutracêutica. Possui o Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica (NITT) e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Urinova).
De acordo com a Lei de Moore, a tecnologia evolui dobrando a sua capacidade a cada 18 meses. Esse ritmo exponencial exige ambientes inovadores. Os parques tecnológicos são ecossistemas de negócios com foco na inovação para fazer frente à velocidade que a nova economia exige para empreender.
No final do mês de junho, foi divulgado o resultado do edital de fomento à implantação e operação de parques tecnológicos da Finep, empresa pública ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTi). A notícia foi muito positiva. Dos 48 projetos referentes a iniciativas em todo o território nacional, 12 são gaúchos. O RS foi o estado que mais recebeu recursos, seguido por SP, com 9 projetos, e MG, com 5 propostas aprovadas.
No total, mais de R$110 milhões em recursos financeiros não reembolsáveis vão ser destinados para dez municípios gaúchos, voltados ao desenvolvimento tecnológico e de ecossistemas de inovação. Os projetos participantes do edital da Finep foram aprovados na fase de avaliação do mérito. Os recursos ainda não foram destinados às instituições executoras.
O presidente da Famurs, Paulinho Salerno, escolheu a inovação como sua principal bandeira de gestão, e como especialista em Ecossistemas de Inovação, comemorou o aporte de recursos nos parques tecnológicos.“Os parques aproximam as empresas da geração do conhecimento. Esse resultado demonstra uma mudança no mindset que vem sendo construída no nosso estado que é transformadora”, destacou.
Mais investimentos nos parques tecnológicos do Estado e a implantação de novas estruturas colocam o RS na vanguarda da inovação. “Os parques tecnológicos são estratégicos para o desenvolvimento econômico e social nos municípios, pois integram universidades, empresas, organizações sociais e setor público, formando ecossistemas de inovação e empreendedorismo. A realização do South Summit em Porto Alegre também é resultado dessa nova cultura emergente”, acrescentou.
O Stanford Research Park, considerado o primeiro parque tecnológico do mundo, foi construído em 1951. Hoje, os EUA ocupa a primeira posição em 13 dos 81 indicadores utilizados para compor Índice Global de Inovação (2021), incluindo investidores empresariais globais em P&D, operações de capital de risco recebidas, a qualidade de suas universidades, a qualidade e o impacto de suas publicações científicas (índice H), o número de patentes por origem e e-participação.
Nessa rota estão os municípios gaúchos. Santa Maria conquistou a aprovação de dois projetos. A UFSM vai receber R$10 milhões para construir um prédio de 1,2 mil metros quadrados para a sede do Parque de Inovação, Ciência e Tecnologia (PICT). O projeto prevê a instalação de três hubs de inovação nas áreas de bioinsumos, agrotecnologias e foodtechs. Hoje, a UFSM tem 45 empresas de base tecnológica incubadas, que geram cerca de 300 empregos diretos e faturam mais de R$13 milhões ao ano. Na Universidade Franciscana, R$ 4,4 milhões serão aplicados para implantar novos laboratórios. O objetivo é ampliar as atividades de fomento ao empreendedorismo e inovação, e atuar na área da biotecnologia.
Porto Alegre também obteve a aprovação de dois projetos, com investimentos previstos no Tecnopuc e a implantação de um Parque Tecnológico e de Inovação em Saúde no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. São Leopoldo, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Lajeado, Santo Ângelo, Campo Bom e Rio Grande também foram contemplados no edital.
Como se não bastassem os dados econômicos que refletem vantagens a economias inovadoras, um estudo da Universidade de Toronto relaciona o crescimento da produção científica com o desenvolvimento de centros urbanos. A partir do levantamento de artigos publicados em mais de uma década em instituições de pesquisa localizadas em aglomerados regionais, os dados da pesquisa conduzida pelo geógrafo Meric Gertler sugerem que onde as universidades estão presentes promovendo interações com empresas e organizações da sociedade, a economia e o ambiente da cidade melhora. Mais um aval para a importância dos parques tecnológicos.