Grupo de Técnicos das Secretaria Municipais de Assistência Social dos municípios da região, auxiliam vítimas do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul.
Nos dias 13 e 14 de setembro, uma equipe de técnicos representantes das Secretarias Municipais de Assistência Social de vários municípios da região missioneira foi até a cidade de Estrela, para auxílio no cadastro e atendimento das pessoas afetadas pela enchente do Rio Taquari.
Segundo o Secretário Adjunto da SAS/RS, Gustavo Saldanha, “Fizemos uma chamado e a resposta foi imediata. Os municípios mais afetados precisam urgente de apoio para cadastro, organização de abrigo e suporte para a organização dos acessos aos benefícios disponíveis estaduais e federais. Daqui para frente este trabalho será cada vez mais amplo e intenso”, informou.
Segundo ele as equipes da Secretaria Estadual de Assistência Social estão visitando e se aproximando de cada município atingido para organizar as políticas de assistência necessárias, identificando quais os serviços de específicos mais urgentes em cada localidade.
Os municípios iniciaram a etapa de levantamento das perdas e das necessidades mais prementes em cada etapa da reconstrução. Os técnicos da SAS estão todos designados a prestar esse apoio.
O grupo da região das Missões foi organizado pela Coordenadora Regional do COEGEMAS, Assistente Social do município de Santo Antônio das Missões, Priscila Nunes, que contou com a participação de técnicos de nove municípios da região (Santo Antônio das Missões, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, Caibaté, Entre-Ijuís, Vitória das Missões, São Pedro do Butiá, Pirapó e Guarani das Missões).
Priscila fez um relato da viagem, “Desde o instante que recebemos o chamado do Estado através do Secretário Adjunto Gustavo Saldanha, já iniciamos a articulação com os Secretários de Assistência Social e Prefeitos das Missões, solicitando apoio aos municípios que foram afetados pelo ciclone. Com o objetivo de fortalecer as ações da política de assistência social, foi requerida a participação do técnicos: assistentes sociais, psicólogas e pedagogos, que juntos foram atuar no cadastramento e organização da parte burocrática, além da acolhida das pessoas e ações de triagens de doações.
Ao chegar no município de Estrela fomos recebidos e já conduzidos em cinco pontos estratégicos, os quais fomos divididos para atuar. Num dos bairros que estivemos, mesmo após dez dias da passagem do ciclone ainda encontrava-se como se fosse os primeiros dias, e isto nos chocou, vimos casas em cima de árvores, carros virados, lama e entulhos por todo lado, realmente é imensurável o que se passou. Mas também foi possível observar muita solidariedade, muito voluntariado, muitas doações, tiramos como aprendizado como pessoa a valorização da vida, da união, da empatia e como profissionais, precisamos pensar estratégias, para o caso de novos ciclones no Rio Grande do Sul, pois cada município tem sua realidade. Mais do que nunca o trabalho intersetorial é fundamental.
Só tenho a agradecer ao grupo que juntos podemos plantar sementes de bondade, ouvimos dos colegas técnicos de Estrela a gratidão por estarmos lá nestes dois dias. Está experiência irá nos possibilitar muito além da vivência uma construção em conjunto de uma coletânea de artigos onde iremos contar, destacar, pensar e repensar estratégias em relação a demandas como essas, assim deixaremos registrado pra futuras profissionais terem embasamento”.
Cenário
Mais de 3 mil pessoas foram resgatadas pelas forças de segurança desde o início da semana. Entre desalojados e desabrigados, o número de pessoas fora de casa passa de 10,8 mil. Mais de 135 mil foram diretamente afetadas pelos efeitos do clima, em 85 cidades.